Fernando Haddad, Raí, Dráuzio Varella e Alexandre Padilha aparecem como possíveis apostas da esquerda na disputa pelo governo de São Paulo em 2026. Enquanto a direita já articula a reeleição de Tarcísio de Freitas ou sua candidatura presidencial, o campo progressista ainda busca uma estratégia unificada.
Pesquisas apontam que o nome mais viável seria o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). No entanto, ele deve continuar na chapa federal com Lula (PT), o que abre espaço para outros nomes, inclusive figuras públicas sem trajetória política.
Tarcísio projeta cenário com ou sem Alckmin
A base governista trabalha com dois possíveis caminhos: a reeleição de Tarcísio, ou sua ida para a corrida presidencial. O governador fortalece sua imagem com entregas de obras iniciadas em governos anteriores, como o trecho Norte do Rodoanel e o monotrilho da Linha 17-Ouro.
Além disso, Tarcísio de Freitas prepara seu discurso para possíveis embates contra Alckmin, caso o ex-governador decida concorrer novamente ao Palácio dos Bandeirantes.
PT ainda sem consenso para 2026
Dentro do PT, o cenário é de indefinição. A eleição interna do partido, prevista para julho, deve influenciar diretamente na escolha do candidato ao governo. A falta de consenso até o momento impulsiona a especulação sobre nomes como o ex-jogador Raí e o médico Dráuzio Varella, apesar de ambos já terem negado interesse na disputa.
Enquanto isso, nomes experientes como Fernando Haddad, Alexandre Padilha, Márcio França e Guilherme Boulos seguem cotados, mas não se destacam nas pesquisas. Haddad, por exemplo, foi derrotado por Tarcísio em 2022.
Márcio França quer tentar novamente
O ministro Márcio França confirmou desejo de concorrer ao governo paulista, especialmente se Tarcísio não buscar a reeleição. Contudo, pesquisas mostram que ele aparece atrás de nomes como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o influenciador Pablo Marçal.
França acredita no apoio de Lula e em alianças para crescer. A depender do cenário, Alckmin também pode disputar uma vaga no Senado Federal.
Obstáculos para nomes experientes do PT
Outros ministros cotados enfrentam dificuldades. Padilha não disputa cargos executivos há mais de uma década. Já Luiz Marinho e Fernando Haddad encontram barreiras para ampliar sua base eleitoral, ainda marcada por derrotas anteriores.
A ausência de novos nomes de peso leva o partido a cogitar figuras fora do meio político. A aposta em “outsiders” busca atrair o eleitorado que rejeita políticos tradicionais, embora a viabilidade dessas candidaturas siga incerta.
Direita ocupa espaços digitais com mais eficiência
De acordo com o cientista político Paulo Niccoli Ramirez, a direita mantém forte presença nas redes sociais mesmo fora do período eleitoral. Isso favorece a construção de nomes como o do governador Tarcísio, que se consolida como figura nacional.
A esquerda, por outro lado, segue centrada em métodos mais tradicionais de articulação, o que reduz sua visibilidade e limita o alcance de seus pré-candidatos.
Governismo já tem alternativas em caso de ausência de Tarcísio
Se Tarcísio decidir não disputar a reeleição, outros nomes do campo governista já se movimentam:
- Gilberto Kassab (PSD), secretário estadual
- Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
- André do Prado (PL), presidente da Assembleia Legislativa
Além deles, o deputado Guilherme Derrite, ex-PL e agora no PP, tenta se viabilizar para uma vaga no Senado.