A pesquisa Genial/Quaest revela que a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, em meio ao tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros, desgastou ainda mais a imagem do bolsonarismo. Segundo o levantamento, 69% dos entrevistados acreditam que o deputado defende apenas os interesses da própria família, enquanto apenas 23% o veem como representante dos interesses nacionais. O resultado acaba fortalecendo a liderança do presidente Lula no embate diplomático.
Clã Bolsonaro em desgaste crescente
O levantamento mostra que a estratégia bolsonarista de internacionalizar a crise tarifária se voltou contra seus próprios líderes.
O deputado Eduardo Bolsonaro, ao atuar nos EUA pedindo sanções contra o Brasil por conta do julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal (STF), passou a ser visto como “inimigo interno”.
A percepção reforça a narrativa de que a família Bolsonaro atua em benefício próprio, distante do interesse nacional.
Conhecimento público e rejeição ao tarifaço
Em julho, 66% dos entrevistados diziam ter conhecimento da carta enviada por Donald Trump a Lula, comunicando a tarifa de 50% contra o Brasil. Em agosto, o índice saltou para 84%.
Apesar da ampliação do conhecimento, a rejeição à medida de Trump permanece alta: 71% avaliam que o presidente dos EUA errou ao impor tarifas por acreditar em perseguição a Bolsonaro, enquanto apenas 21% consideram a decisão correta.
Lula fortalecido na crise internacional
O embate diplomático, longe de unificar o campo bolsonarista, fortaleceu a imagem de Lula. A pesquisa mostra que sua aprovação subiu para 46%, contra 51% de desaprovação — a menor diferença desde janeiro de 2025.
Analistas atribuem a melhora à combinação de fatores econômicos, como a redução dos preços dos alimentos, e à postura firme do presidente em defesa da soberania nacional frente a Trump.

 
			 
		 
		 
		 
		 
		

 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
                                
                              
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		