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PL faz nova chantagem e pressiona Hugo Motta por anistia a golpistas

25 de abril de 2025
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O líder do PL na Cãmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ). Foto: Kayo Magalhães/Agência Câmara
O líder do PL na Cãmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ). Foto: Kayo Magalhães/Agência Câmara

O PL intensificou a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que ele paute a votação do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

O líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a legenda possui “várias doses de remédio” para pressionar Motta, incluindo obstrução das votações e até uma possível greve de fome no plenário.

Segundo Cavalcante, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem influenciado Motta a não pautar o projeto. “Vou conversar com o presidente Hugo Motta para sentir o tamanho da enfermidade que ele está passando. Vamos aplicar a dose exata para remediar essa questão, nem mais e nem menos”, declarou à coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

PL ameaça medidas extremas para forçar votação

O PL, que detém a maior bancada da Câmara, já iniciou a obstrução das votações na Casa. O próximo passo, segundo Cavalcante, é pressionar Motta diretamente nas redes sociais. Outra estratégia considerada é seguir o exemplo do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) e realizar uma greve de fome no plenário, com a participação de familiares dos presos pelos ataques de 8 de janeiro.

“Eu estou segurando a bancada toda que quer partir para cima do Hugo Motta nas redes sociais. Também estou administrando parlamentares e familiares de presos que querem fazer greve de fome no plenário da Câmara até destravar a votação da anistia. Eu tô segurando isso pro remédio não virar veneno”, afirmou Cavalcante.

Acordo de emendas em risco

O líder do PL também ameaçou romper um acordo firmado entre os líderes partidários e Motta, que prevê que 30% das emendas de comissão fiquem com o PL e os outros 70% sejam distribuídos às demais siglas. Segundo ele, seu partido tem direito a cerca de R$ 6,5 bilhões.

“Se for preciso uma medida extrema, vamos desrespeitar esse acordo e passar a gerenciar 100% do valor das emendas das comissões que presidimos, dividindo o montante entre os deputados que votaram pela urgência da anistia”, ameaçou Cavalcante.

Motta resiste à pressão

Apesar das investidas do PL, Hugo Motta tem resistido à pressão para pautar o projeto de anistia. O presidente da Câmara afirmou que não pode ignorar a pauta do maior partido da Casa, mas ressaltou que o tema é polêmico e gera tensionamento entre os Três Poderes. “Vamos conduzir com muita responsabilidade, sem arroubos, com muita cautela”, disse Motta em entrevista à BandNews.

Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), Motta afirmou que os condenados estão recebendo “penas muito severas” e que o assunto será tratado com cuidado. “Eu não posso chegar aqui dizendo que vou pautar anistia na semana que vem ou não vou pautar de jeito nenhum”, declarou.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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