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PGR pede que Jair Bolsonaro e aliados se tornem réus no golpe de Estado

13 de março de 2025
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© Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília – A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quinta-feira (13) a favor do recebimento da denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) e outros envolvidos no suposto planejamento de um golpe de Estado no Brasil. Segundo a PGR, os argumentos apresentados pelas defesas dos acusados não são suficientes para desqualificar as investigações, que, para a Procuradoria, possuem elementos sólidos que justificam que os denunciados sejam processados como réus.

A manifestação ocorre após a análise das defesas dos acusados, que envolvem figuras de alto escalão do governo Bolsonaro, como Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, e outros membros do governo, como Anderson Torres, Mauro Cid, Walter Braga Netto, entre outros. A PGR destacou que, diante dos fatos descritos, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve aceitar a denúncia e levar o caso a julgamento.

Denúncia detalha envolvimento de ex-ministros e aliados de Bolsonaro

A denúncia inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, como parte do núcleo central do golpe. Outros nomes, como Augusto Heleno e Walter Braga Netto, também são citados. Segundo a Procuradoria, a denúncia detalha, de forma clara, as condutas de cada acusado, tornando-os responsáveis pelos atos que teriam levado ao planejamento de uma tentativa de golpe no Brasil.

A PGR afirmou que as defesas dos acusados não refutam adequadamente as provas apresentadas. Para a Procuradoria, as alegações de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não seria o foro competente ou que as investigações foram realizadas de forma inadequada não têm fundamento, pois os elementos de prova foram obtidos dentro dos limites legais.


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Defesa dos acusados apresenta questionamentos processuais

Em suas defesas, os advogados negaram a participação de seus clientes na trama golpista e argumentaram que não houve provas suficientes para embasar a denúncia. Além disso, destacaram questões processuais, como a alegação de que o STF não seria o tribunal competente para julgar o caso e que as medidas tomadas pelo relator, Alexandre de Moraes, extrapolaram suas funções.

Porém, a PGR rechaçou essas alegações, afirmando que os elementos informativos utilizados na denúncia foram obtidos por meio de diligências legais e que as provas são suficientes para justificar o processo contra os acusados. A Procuradoria também validou a colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, como uma peça-chave para o caso.

O papel do STF na decisão sobre os réus

Após a manifestação da PGR, o próximo passo será a análise do caso pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Ele deverá preparar seu voto sobre a acusação, que será levado para julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. A decisão, que pode levar os acusados a se tornarem réus, será tomada por um colegiado formado por Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Entenda o caso

  • O que está em jogo? Denúncia contra Jair Bolsonaro e aliados sobre envolvimento no planejamento de um golpe de Estado.
  • Quem são os acusados? Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, e outros ex-ministros do governo Bolsonaro.
  • Quais os próximos passos? O caso será analisado pelo STF, que decidirá se a denúncia será aceita e os acusados irão a julgamento.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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