Brasília – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva do general Mário Fernandes. Acusado de liderar um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Fernandes permanece sob custódia.
A Polícia Federal (PF) descreveu o militar como o principal articulador da trama, que teria sido planejada dentro do Palácio do Planalto. A defesa de Fernandes alegou falta de elementos que justifiquem a prisão, mas Gonet afirmou que não há fatos novos que modifiquem a decisão judicial.
Plano articulado envolvia gabinete de crise
Detalhes das investigações da Polícia Federal
O plano, batizado de “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”, previa sua ativação após os assassinatos, com a data inicial marcada para 16 de dezembro de 2022. Segundo as investigações, o documento foi impresso dentro do Palácio do Planalto.
Relatórios da PF apontam Fernandes como um dos líderes mais radicais na articulação. Durante a operação que resultou em sua prisão, outros quatro suspeitos também foram detidos, todos relacionados à trama golpista.
Defesa do general rebate acusações
Advogado contesta provas e desafia investigações
O advogado de Mário Fernandes, Marcus Vinicius Figueiredo, declarou que o plano nunca foi entregue a terceiros. Ele afirmou:
“Se você achar essa minuta física com alguém, eu me destituo da defesa. Ninguém teve acesso à minuta.”
Além disso, o defensor negou qualquer ligação de Fernandes com o grupo apelidado de “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais que, segundo a PF, monitoravam os passos de Alexandre de Moraes em Brasília.
Entenda o caso: plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
- Plano golpista: Previa assassinatos e instalação de um gabinete de crise.
- Mário Fernandes: Apontado como líder da articulação pela Polícia Federal.
- Local do planejamento: Documento teria sido produzido no Palácio do Planalto.
- Data prevista: Ação estava programada para 16 de dezembro de 2022.
- Prisão preventiva: Mantida pela PGR, que destacou ausência de fatos novos.
- Defesa do general: Nega envolvimento e desafia a existência de provas materiais.