Alexandre Padilha, ministro da Saúde, e o padre Júlio Lancellotti participaram de uma ação especial de Páscoa com foco na saúde da população em situação de rua. O evento aconteceu nesta quinta-feira (17), no Espaço de Cultura e Convivência Irmão Pedro Betancur, na capital paulista.
Durante a cerimônia, os dois realizaram um gesto simbólico ao lavarem os pés de moradores de rua. A atividade também promoveu exames preventivos contra o pé diabético, problema comum entre pessoas com diabetes, e reforçou a importância do cuidado primário.
Campanha destaca cuidado e acolhimento
A ação marcou o início da Semana Santa com uma iniciativa voltada à saúde pública. O local ofereceu almoço solidário e atendimento médico básico, com foco na prevenção de complicações provocadas pelo diabetes.
O rito do lavapés, com origem cristã, representa humildade e serviço. Durante o evento, padre Júlio afirmou: “Nós queremos um poder público servidor, não um poder público dominador. Um poder público que ouça a voz do povo, que lave os pés dos sofridos, que esteja do lado dos pequenos”.
Doença silenciosa e grave
Padilha alertou sobre os riscos do pé diabético. Segundo ele, a condição pode causar infecções, feridas e até amputações. “O diabetes é uma doença silenciosa que corrói o corpo. Só no ano passado, mais de 4 mil brasileiros perderam parte do pé por causa disso”, destacou o ministro.
Portanto, o evento serviu como espaço de informação e cuidado, sobretudo para pessoas vulneráveis. Além do lavapés, a equipe de saúde realizou exames preventivos para detecção precoce da condição.
Expansão da triagem em São Paulo
A iniciativa também faz parte de uma ação nacional do Ministério da Saúde. A estratégia ampliou os exames nas 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital paulista. O objetivo é reforçar o diagnóstico precoce do diabetes e suas complicações.
Além disso, a pasta investiu na expansão dos Consultórios na Rua, com mais de 30 equipes ativas, e fortaleceu a Estratégia Saúde da Família, que hoje conta com 1.800 equipes e cerca de 10 mil agentes comunitários.