Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas a Jair Bolsonaro (PL), chamando-o de “covarde” e exigindo que ele apresente provas de sua inocência diante das investigações da Polícia Federal (PF).
As declarações foram dadas após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro por supostamente liderar uma organização criminosa com intenção de assassinar autoridades.
As apurações indicam que o ex-presidente teria elaborado um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa atentados contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Bolsonaro nega todas as acusações e classifica a investigação como “ficção”.
Lula cobra postura de Bolsonaro
Lula afirmou que Bolsonaro deveria enfrentar as investigações e parar de buscar anistia antes de um julgamento. “Ele deveria ter coragem de esperar o julgamento, provar sua inocência antes de ficar pedindo anistia. Ele, na verdade, está com medo”, declarou o presidente.
O petista também sugeriu que Bolsonaro fugiu do Brasil para evitar as consequências de suas ações. “Mas ele foi covarde, tramou um golpe, tramou a morte do presidente da República, tramou a morte do vice, tramou a morte do presidente da Justiça Eleitoral e, quando não conseguiu, meteu o rabo entre as pernas e fugiu lá para Miami”, afirmou.
Possível anistia e cenário eleitoral
A discussão sobre uma possível anistia a Bolsonaro tem ganhado força no Congresso. O PL da Anistia poderia permitir que o ex-presidente concorra às eleições de 2026, revertendo sua inelegibilidade. A proposta tem sido defendida por aliados do ex-mandatário, mas enfrenta resistência de setores do governo e da oposição moderada.
Os desdobramentos da investigação devem impactar diretamente a estratégia política do Partido Liberal para os próximos anos. Caso as denúncias avancem, Bolsonaro pode enfrentar dificuldades para se manter como principal líder da direita no Brasil.