Brasília – O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados neste sábado (1), com 444 votos, a segunda maior votação da história da Casa. Aos 35 anos, ele se torna o mais jovem parlamentar a ocupar o cargo. O apoio de 17 partidos, incluindo siglas governistas e de oposição, garantiu sua vitória em primeiro turno.
Na disputa, Marcel van Hattem (Novo-RS) recebeu 31 votos, enquanto Henrique Vieira (PSOL-RJ) obteve 22 votos. Apenas dois deputados votaram em branco.
Apoio amplo e desafio político
A eleição de Motta reforça o poder do Centrão na Câmara. O grupo, contudo, enfrenta divisões internas, o que pode impactar a tramitação de projetos do governo Lula. O novo presidente assume em um momento em que o Congresso detém influência sobre o Orçamento federal, com emendas parlamentares ultrapassando R$ 50 bilhões em 2024.
Discursos e prioridades
Antes da votação, Motta destacou a importância da independência do Legislativo e defendeu a imunidade parlamentar.
“Vamos fortalecer a Câmara, manter sua autonomia e defender as prerrogativas dos deputados”, afirmou.
O novo presidente também criticou recentes investigações contra parlamentares e citou a necessidade de garantir proteção contra processos por opiniões expressas no plenário.
Compromisso com o diálogo
Hugo Motta prometeu uma gestão baseada no diálogo e na distribuição equânime de relatorias. Ele reforçou seu compromisso com a imparcialidade:
“Serei um deputado presidente e não um presidente deputado”.
Para reforçar a importância da humildade na política, ele citou Nelson Mandela:
“A arrogância é uma marca de fraqueza. A humildade é sinônimo de firmeza”.
Entenda o caso: a eleição na Câmara
- Hugo Motta foi eleito presidente da Câmara com 444 votos.
- O apoio de 17 partidos garantiu sua vitória em primeiro turno.
- Sua gestão deve enfrentar desafios com o Centrão e a base governista.
- O Congresso tem forte influência no Orçamento federal.
- Ele prometeu independência e diálogo com todas as bancadas.