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Jair vai fazer?

Efeito Glauber: Familiares de golpistas cogitam greve de fome para pressionar por anistia

Parentes de presos do 8/1 pressionam Hugo Motta com ato na Câmara

Parentes de presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 querem pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a votar com urgência o projeto que propõe anistia aos condenados. Inspirados no protesto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), o grupo cogita iniciar uma greve de fome dentro da própria Casa Legislativa.

Chamado informalmente de “solução Glauber Braga”, o movimento tenta sensibilizar parlamentares da base bolsonarista, que articulam apoio ao projeto. A proposta enfrenta resistência de lideranças políticas e também do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pressão direta no Congresso

Os familiares querem que o projeto de anistia entre em pauta com urgência. Eles planejam montar acampamento e dar início à greve de fome com o apoio de deputados aliados. A estratégia tem como foco o presidente da Câmara, Hugo Motta, a quem atribuem o poder de decisão sobre a tramitação do projeto.

A proposta surge após o protesto de Glauber Braga, que passou nove dias sem se alimentar no plenário. Após isso, conseguiu adiar a votação do parecer que recomenda a cassação de seu mandato por quebra de decoro.

Episódio envolvendo Glauber influenciou

Braga entrou em greve após o Conselho de Ética da Câmara indicar a cassação de seu mandato. O motivo foi um episódio em que o deputado expulsou um militante do MBL da Câmara com gritos e chutes. A atitude gerou polêmica e reação da base governista.

Depois da mobilização, Hugo Motta cedeu e adiou a votação por 60 dias. O gesto gerou expectativa entre outros grupos que querem influenciar decisões da Mesa Diretora.

Mobilização avança entre aliados de Bolsonaro

Deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro apoiam o projeto de anistia, mas enfrentam divisões internas. Alguns aliados se distanciaram da proposta diante da repercussão negativa. O tema também provoca reações contrárias no STF, responsável pelas condenações.

Ainda assim, os familiares seguem articulando o protesto. Um parlamentar da oposição ouvido pela reportagem confirmou que foi procurado por representantes do grupo. “Primeiro fiquei surpreso, mas depois reconheci que é uma reivindicação legítima”, afirmou.

Anistia reacende a polarização

A discussão sobre perdoar os condenados do 8/1 reacende o debate sobre responsabilidade e punição. A polarização no Congresso dificultou avanços no tema, que segue fora da pauta oficial. Entretanto, a pressão de familiares e parlamentares pode alterar o cenário nos próximos dias.

A greve de fome, se confirmada, tem potencial de aumentar a tensão e atrair atenção pública para o projeto.

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