Brasília, 20 de agosto de 2025 – A Polícia Federal (PF) apresentou novas mensagens que fortalecem as suspeitas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia. O relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) indica que os três foram indiciados nesta quarta-feira (20/8) por coação a autoridades no curso da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023.
Alertas de Eduardo Bolsonaro
Entre os registros, consta uma mensagem enviada por Eduardo Bolsonaro ao pai em 7 de julho de 2025, alertando sobre o impacto de uma eventual aprovação da chamada “anistia light”: “Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar.”
O deputado prossegue na mensagem: “Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto.”

Mensagens e áudios recuperados
A PF recuperou os diálogos de Bolsonaro com Eduardo e Malafaia, apagados do celular do ex-presidente, mas armazenados em backup. Os registros evidenciam articulações para pressionar autoridades e interferir nas investigações, configurando tentativa de obstrução da Justiça e intimidação ao Judiciário.
Atuação de Silas Malafaia
O relatório detalha que Malafaia manteve contato frequente com Bolsonaro mesmo após restrições do STF. Em 25 de julho, menos de uma hora após ativar um novo celular, o pastor enviou mensagens instruindo a divulgação de vídeos: “ATENÇÃO! Dispara esse vídeo às 12h” e incentivou apoiadores: “Se você se sente participante desse vídeo, compartilhe. Não podemos nos calar!”
Eduardo Bolsonaro e atuação internacional
O deputado licenciado passou a usar redes sociais para publicar conteúdos em inglês, visando influenciar a narrativa internacional e pressionar autoridades fora do Brasil. A PF aponta que a atuação conjunta de Bolsonaro, Eduardo e Malafaia buscava criar pressão política, mobilizar a base bolsonarista e transmitir a imagem de perseguição internacional contra o ex-presidente.
Próximos passos
Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se os elementos reunidos justificam o oferecimento de denúncia formal ao STF.
 

 
			 
		 
		 
		 
		 
		

 
		 
		 
		 
		 
		 
                                
                              
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		