Alfinetada Descontraída

Cármen Lúcia e Dino ironizam Fux sobre tempo do voto

Ministra fez piada sobre o voto de 14 horas de Luiz Fux; Dino disse que adota “técnica de banco de horas” para manter falas curtas

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Carmen Lucia no STF - Foto: Antonio Augusto/STF

O voto da ministra Cármen Lúcia, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), começou nesta quinta-feira (11) com bom humor e uma provocação ao colega Luiz Fux, que na véspera havia falado por cerca de 14 horas para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da trama golpista.

Logo no início de sua manifestação, a decana concedeu um aparte ao ministro Flávio Dino, mas não perdeu a chance de cutucar o longo discurso do colega:

“Desde que rápido”, brincou, arrancando risos no plenário.
Na sequência, em tom de leveza, completou:
“Mas eu concedo, como sempre, pois está no regimento do Supremo e o debate faz parte dos julgamentos. Tenho o maior gosto de ouvir, eu sou da prosa”.

Dino e a “técnica de banco de horas”

Dino agradeceu a gentileza e explicou por que seu voto foi mais curto em comparação com os demais:
“Eu tenho uma técnica de banco de horas, pois faço o voto curto para fazer muitos à partes”.

Cármen ainda tranquilizou quem teme novas longas sessões:
“Eu escrevi 396 páginas, presidente. Mas eu não vou ler, vou ler um resumo”.
A fala provocou nova rodada de risadas no tribunal.

Placar no julgamento

Até o momento, já votaram os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Luiz Fux. O placar é de 2 a 1 contra Bolsonaro.

  • Moraes votou pela condenação de todos os réus.
  • Dino acompanhou integralmente o relator.
  • Fux divergiu, absolvendo Bolsonaro e cinco aliados, mas reconhecendo a culpa de Mauro Cid e do general Walter Braga Netto por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Com o voto de Cármen Lúcia, a turma pode formar maioria pela condenação do ex-presidente e de outros sete acusados. O último a se manifestar será o ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.