O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã desta segunda-feira (8), de uma reunião virtual com os líderes do Brics, bloco de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e mais seis novos membros.
O encontro foi convocado pelo Brasil, que exerce a presidência rotativa do grupo, com o objetivo de alinhar estratégias frente à nova ofensiva comercial dos Estados Unidos.
No centro das discussões está o “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, que elevou barreiras contra diversos parceiros comerciais numa tentativa de frear a perda de competitividade diante da China. Para analistas, a medida também funciona como pressão política contra o Brics, visto em Washington como uma ameaça à hegemonia global norte-americana, sobretudo por defender o uso de moedas nacionais e mecanismos alternativos ao dólar no comércio internacional.
Além da política comercial, os líderes devem tratar das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, além de propor reformas nas instituições de governança global, historicamente dominadas pelo eixo Ocidente. Lula pretende aproveitar o encontro para reforçar o convite à participação da COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA).
Contexto geopolítico
A reunião extraordinária ocorre apenas dois meses após a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, quando Trump voltou a ameaçar retaliações contra países que aprofundassem alianças dentro do bloco. Hoje, além dos cinco fundadores, o grupo conta com Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Com a ampliação da agenda, o Brics busca consolidar-se como voz alternativa no sistema internacional, defendendo maior autonomia econômica e política para os países do Sul Global. O Palácio do Planalto informou que a reunião foi realizada a portas fechadas e que um comunicado oficial será divulgado com os principais pontos do debate.

 
			 
		 
		 
		 
		 
		

 
		 
		 
		 
                                
                              
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		