Rio de Janeiro, 1º de junho de 2025 – Contra todas as narrativas de caos e recessão promovidas por setores interessados no fracasso do país, o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com alta de 0,8% no PIB em relação ao último trimestre de 2024. O dado, divulgado nesta segunda-feira (1/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova que a economia segue firme mesmo sem contar com o empurrão do agronegócio, que encolheu 3% no período.
A alta foi puxada principalmente pelo consumo das famílias (+1,5%) e pela indústria (+1,5%), com destaque para o setor de transformação e a construção civil. O crescimento generalizado mostra que o país está aprendendo a caminhar com mais de uma perna – e que a dependência histórica de safras recordes e exportações de commodities pode estar ficando para trás.
Consumo interno sustenta expansão econômica
O brasileiro voltou a consumir. Com o mercado de trabalho aquecido e a inflação sob controle, o consumo das famílias deu um salto no primeiro trimestre, sustentando o crescimento econômico mesmo em um contexto de desaceleração agrícola. O efeito positivo da valorização do salário mínimo, do crescimento do emprego formal e da continuidade dos programas de transferência de renda começa a aparecer com clareza nas estatísticas macroeconômicas.
Ao contrário do que pregaram os defensores do arrocho fiscal permanente, o fortalecimento da demanda interna foi essencial para manter o dinamismo da economia. A população, ao ter acesso a crédito, renda e dignidade, responde com mais consumo, o que alimenta a produção, o investimento e o crescimento.
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Indústria mostra vitalidade e surpreende
Outro dado relevante é o bom desempenho da indústria – especialmente a de transformação e a construção civil, setores que voltam a contratar e investir depois de anos de estagnação. A alta de 1,5% no setor industrial mostra que há vida para além da soja e do milho.
O avanço industrial é sintoma de um país que começa a reorganizar sua base produtiva, ainda que timidamente, e a buscar saídas sustentáveis para o seu desenvolvimento. Mesmo com juros altos e entraves históricos à competitividade, a indústria brasileira dá sinais de resiliência e adaptação.
Serviços mantêm crescimento sólido
O setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, cresceu 1,4%, com destaque para os segmentos de informação, intermediação financeira, saúde e educação. A retomada dos serviços, iniciada em 2023, continua firme em 2025, impulsionada pelo aumento da circulação de pessoas, maior consumo interno e digitalização de processos.
Essa base ampliada de serviços, mais complexa e tecnologicamente intensiva, mostra que o Brasil está longe da caricatura de país exclusivamente agroexportador. A economia real pulsa nos centros urbanos, nas cadeias produtivas descentralizadas e no empreendedorismo popular, que seguem gerando riqueza e trabalho em larga escala.
Sem o agro, mas com fôlego
Apesar da queda de 3% na agropecuária, o PIB brasileiro cresceu. E isso é uma notícia excelente. Mostra que o país está diversificando suas fontes de crescimento e que o restante da economia não apenas resistiu, como avançou com vigor. Com menos protagonismo do agronegócio, a recuperação de setores antes fragilizados revela uma economia mais distribuída e menos sujeita às flutuações climáticas e de preços internacionais.
A retração do agro neste trimestre tem explicação pontual: a base de comparação elevada de 2023 e 2024, quando o setor bateu recordes históricos de produção. A quebra da safra de soja, causada por fatores climáticos, explica a queda, mas não altera a trajetória geral do setor, que segue sólido no acumulado de 12 meses.
Crescimento acumulado reforça tendência de retomada
No comparativo com o primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,5% – um desempenho ainda mais robusto, que reforça a consistência da retomada. Já no acumulado de 12 meses, a alta chega a 2,2%, superando projeções conservadoras do mercado financeiro e dos porta-vozes da austeridade.
A economia brasileira vem surpreendendo positivamente há meses, e os dados mais recentes apenas confirmam a tendência: o país está crescendo, distribuindo renda, mantendo a inflação sob controle e reorganizando sua estrutura produtiva com foco na demanda interna. Tudo isso em um ambiente global ainda marcado por incertezas geopolíticas, juros altos e desaceleração de grandes economias.
A política econômica que funciona
Os resultados do primeiro trimestre são uma resposta direta àqueles que, desde o início de 2023, apostaram no fracasso do governo e fizeram de tudo para sabotar a recuperação econômica. A política econômica do ministro Fernando Haddad, ancorada na responsabilidade fiscal sem sufocar o investimento público e no fortalecimento do mercado interno, começa a colher frutos visíveis.
Mesmo sob ataque constante do mercado e da imprensa alinhada ao financismo, o governo manteve o rumo, ampliou os investimentos públicos, negociou o novo arcabouço fiscal e viabilizou programas sociais e obras de infraestrutura que aquecem a economia e criam empregos.
Brasil mostra que pode crescer de forma ampla e consistente
Os dados do PIB mostram que o Brasil tem mais de um motor de crescimento. E que, mesmo sem o agro empurrando, há força na indústria, nos serviços, no consumo popular e nos investimentos públicos. É hora de abandonar o discurso da catástrofe permanente e reconhecer que o país está avançando – apesar das sabotagens, da especulação e do conservadorismo fiscal.