O que acontecia no Brasil em 1922?

Em continuação de saga elogiada por Laurentino Gomes, escritora Mandi Castro insere o público jovem no contexto social e artístico da década de 1920 no Brasil

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...

Anita Malfatti está na sala de casa enquanto lê para os amigos, Mário de Andrade e Di Cavalcanti, a crítica que Monteiro Lobato fez sobre uma de suas exposições. Ele desaprova as tendências artísticas da época e afirma que os talentos da pintora estão sendo gastos com uma “arte caricatural”. Ao escutar os argumentos do autor de “Sítio do Picapau Amarelo”, a adolescente Nina, que havia sido convidada a participar daquele encontro com pessoas famosas, defende Anita Malfatti.

Porém, o que uma menina do ensino médio está fazendo na casa de uma grande artista? Em Nina Lafayette e o Salto Temporal, continuação da saga de Mandi Castro, a protagonista viaja no tempo para salvar a humanidade. Com um enredo que mistura fantasia e ficção científica, a autora traz para a obra o contexto sociocultural da década de 1920 e mostra a influência da arte na formação histórica do país.

Divulgação/Mandi Castro
Divulgação/Mandi Castro

A arte brasileira depende da realidade brasileira
e é, ao mesmo tempo, reveladora dessa realidade.
Por isso, nossa expressão é ainda em grande parte lírica.
Como pode o Brasil ter uma arte trágica e grandiosa
sem que se faça a revolução social?
Como podemos pegar tamanha necessidade
e representação e condensá-la em três dias?
Nina Lafayette e o Salto Temporal, pg. 79

Na trajetória, a garota contará com a ajuda do irmão, Martim, para fugir de um antigo guardião do tempo que quer destruí-los e roubar seus poderes. Por causa da força que detêm, os Lafayette serão perseguidos por Mestres do Tempo-Espaço. Em meio a esses acontecimentos, a personagem vivencia de perto situações que culminariam na Semana de Arte Moderna de 1922, como um diálogo entre Heitor Villa-Lobos e Di Cavalcanti para acertar detalhes do evento.

Já no primeiro volume da saga, Martim Lafayette e o Contra-Tempo, Mandi Castro leva o leitor a 1822. Naquele período, o Brasil enfrentava a luta pela independência da coroa portuguesa, dentro de um regime escravocrata e de exploração dos povos indígenas. O título foi descrito por Laurentino Gomes como uma leitura “divertida e bem fundamentada”.

Divulgação/Mandi Castro
Divulgação/Mandi Castro

Pós-graduada em Roteiro para o Audiovisual, a escritora tem ampla experiência com produção de textos no setor cultural. Com o primeiro volume da série ganhou o Prêmio Brasil entre Palavras, realizado pelos blogs CuraLeitura e As 1001, nas categorias “Melhor Romance de Época”, “Melhor Autora” e “Capa Mais Bonita” em 2020. Também foi finalista dos prêmios Odisseia Fantástica 2021, um dos maiores eventos do gênero de fantasia no Brasil, e Minuano de Literatura 2021, promovido pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul.

FICHA TÉCNICA
Título: Nina Lafayette e o Salto Temporal
Autor: Mandi Castro
Editora: Luva Editora
ISBN/ASIN: 978-65-00-56048-0
Formato: 15,7 X 23 cm
Páginas: 200
Preço: R$ 40 (físico) e R$ 14,90 (e-book)
Onde comprar: Amazon | com a autora, por Instagram

Sobre a autora: Formada em Rádio, TV e Internet pela Faculdade Casper Líbero e em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (USP), Mandi Castro também circula no meio artístico por ser atriz profissional pela Escola de Atores Wolf Maya e pós-graduada em Roteiro para o Audiovisual na Fundação Armando Alvares Penteado. Atualmente, trabalha como assistente de produção executiva. Em sua carreira como escritora, lançou os livros “Adaptação do Amor – Minha Vida Antes dos 30”, “Martim Lafayette e o Contra-Tempo” e “Nina Lafayette e o Salto Temporal”. Com a primeira obra da saga de fantasia, recebeu elogios de Laurentino Gomes, além de ter sido finalista do Prêmio Minuano de Literatura 2021 e do Prêmio Odisseia Fantástica 2021.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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