O tweet de Glauber Braga é uma defesa legítima da coerência política e da integridade ética, duas coisas que vêm rareando na política do Rio.
Quando Eduardo Paes tenta desqualificar Glauber Braga com a velha retórica do “vem pro jogo”, ignora que Glauber já está no jogo há muito tempo, no campo da defesa das liberdades democráticas, da justiça social e da resistência ao conchavo entre o poder político e os interesses mais reacionários do Estado.
Glauber deixa claro que não entra em campo com quem representa o atraso. Malafaia, Pazuello, Cláudio Castro e outros nomes simbolizam a mistura entre religião, autoritarismo e corrupção que tomou conta da política fluminense.
Ele se recusa a ser cúmplice dessa lógica de poder que mantém o Rio de Janeiro refém há décadas. Enquanto Paes tenta reduzir o debate a uma provocação de bastidor, Glauber o eleva. Transforma o “jogo” em uma discussão de princípios. É um lembrete de que política não é pelada entre velhos conhecidos do poder, mas disputa de projetos e valores.
Glauber é uma das poucas vozes que ainda chamam as coisas pelo nome. E é por isso que incomoda tanto.



