Prefeitura de Carmo do Rio Claro nega abuso de gastos com show do Padre Fábio de Melo

Filipe Carielo contesta reportagem sobre show de R$ 280 mil

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Carmo do Rio Claro (MG), 5 de junho de 2025 – O prefeito Filipe Carielo divulgou uma nota pública em resposta a críticas sobre a contratação do cantor Padre Fábio de Melo por R$ 280 mil para um show promovido pela prefeitura.

Segundo Filipe, o valor não representaria metade do orçamento do hospital local — ou, em outras versões, metade de todo o orçamento da saúde municipal.

Leia abaixo a resposta da prefeitura de Carmo do Rio Claro:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Prefeito de Carmo do Rio Claro, Filipe Carielo, vem a público esclarecer informações equivocadas veiculadas em reportagem que afirma que a contratação do show do Padre Fábio de Melo, no valor de R$ 280 mil, corresponderia a 50% do orçamento destinado ao hospital local — e, em outra reprodução da mesma reportagem, à metade do orçamento da saúde do município.

Essa informação não procede e está muito distante da realidade. Em 2024, somente em repasses diretos ao hospital local, a Prefeitura destinou cerca de R$ 9 milhões. Ressalte-se que o hospital ainda possui receitas próprias, o que eleva ainda mais seu orçamento anual. Já o orçamento total da Secretaria Municipal de Saúde em 2024 foi de R$ 41 milhões, o que representa mais de 146 vezes o valor do show. Basta uma simples verificação para perceber que a informação veiculada é completamente infundada. Não se mantém um hospital com R$ 560 mil por ano, que seria o dobro do valor citado. Nem mesmo seria possível mantê-lo por um único mês com esse valor.

É esperado que veículos de comunicação — sobretudo os que se propõem a fazer jornalismo sério — tenham a responsabilidade mínima de confirmar os dados antes de publicá-los ou replicá-los, sob pena de desinformar o público e gerar falsas polêmicas.

Quanto à crítica ao chamado “fundamentalismo religioso”, é importante esclarecer que o show do Padre Fábio de Melo — artista consagrado nacionalmente — foi parte da programação artística e cultural do município, voltada para o entretenimento e promoção do turismo, assim como outros shows promovidos pela prefeitura, como os de samba, axé, sertanejo e pagode durante o carnaval, e os shows sertanejos e montarias do Carmo Rodeio Fest, atualmente em andamento.

Assim como foi feito com o show do Padre Fábio, a Prefeitura também contratou a cantora gospel Mídia Lima, durante a Marcha para Jesus, atendendo ao público evangélico. Essas atrações compõem um calendário cultural diverso, que busca respeitar e contemplar todos os públicos, inclusive os católicos e evangélicos, cidadãos, pagadores de impostos e integrantes legítimos da sociedade.

A Prefeitura de Carmo do Rio Claro não financia pregações religiosas. O que é contratado com recursos públicos são shows de entretenimento artístico. Se artistas cristãos, evangélicos ou católicos, durante suas apresentações, decidem transmitir uma mensagem positiva, de paz, de fé ou de esperança, isso é um plus, um bônus, algo a mais ofertado aos que apreciam esse tipo de conteúdo. Não se trata de fundamentalismo religioso, mas sim de garantir igualdade de acesso à cultura e ao entretenimento.

Fundamentalismo seria, por outro lado, proibir manifestações culturais cristãs enquanto se normaliza, com dinheiro público, a contratação de artistas que enaltecem o tráfico de drogas, o uso de entorpecentes, a ostentação vazia, a objetificação da mulher ou até mesmo facções criminosas.

A título de exemplo, a Prefeitura de Carmo do Rio Claro jamais contrataria, com dinheiro público, um show de um artista como o MC Poze do Rodo, cujas músicas promovem práticas totalmente incompatíveis com os valores que defendemos. Se há algo que a imprensa deveria criticar é justamente o uso de recursos públicos para promover esse tipo de conteúdo, e não a contratação de shows que levam mensagens de fé e valores humanos positivos.

Estamos vivendo uma inversão de valores absurda, onde o certo virou errado e o errado virou aceitável. A gestão municipal não compactua com isso.

Por fim, informamos que foi proibida a execução de qualquer tipo de funk nas escolas municipais. Essa medida visa proteger nossas crianças da influência de letras que promovem o crime, a promiscuidade e o desrespeito aos valores sociais e familiares. Em eventos e espaços públicos administrados pela prefeitura, também não haverá espaço para esse tipo de conteúdo. Nossa gestão opta por promover aquilo que agrega valor à sociedade.

Seguiremos investindo em cultura, turismo, entretenimento e inclusão, com responsabilidade, transparência e respeito à diversidade da nossa população.

Filipe Carielo Prefeito de Carmo do Rio Claro-MG

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