Lady Gaga: A trajetória do ícone pop e sua ligação com o ativismo social progressista

Lady Gaga - Wikimedia Commons
Lady Gaga - Wikimedia Commons

Rio de Janeiro – Lady Gaga, ícone pop norte-americana, retorna ao Brasil após 13 anos com o megashow “Mayhem on the Beach”, marcado para este sábado (3) na praia de Copacabana, Rio de Janeiro. O evento, que deve atrair cerca de 1,6 milhão de pessoas, promete não apenas performances musicais, mas também mensagens em defesa dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIAPN+.

Conhecida por sua postura progressista, Gaga utiliza sua arte como plataforma para abordar questões sociais relevantes. Seu engajamento vai além dos palcos, refletindo-se em ações concretas e discursos impactantes ao longo de sua carreira.

Ativismo em prol da comunidade LGBTQIAPN+

Desde o início de sua carreira, Lady Gaga tem sido uma defensora ativa dos direitos LGBTQIAPN+. Em 2009, ela discursou na Marcha Nacional pela Igualdade em Washington, exigindo proteção legal para pessoas LGBTQIAPN+ em todos os estados dos EUA.

Em 2012, fundou a Born This Way Foundation, ao lado de sua mãe, Cynthia Germanotta. A organização sem fins lucrativos foca na saúde mental de jovens LGBTQIAPN+, oferecendo suporte emocional e recursos educativos para promover o bem-estar e a inclusão.

Luta pelos direitos das mulheres

Gaga também se destaca na defesa dos direitos das mulheres. Em 2015, lançou a música “Til It Happens to You”, escrita para o documentário “The Hunting Ground”, que aborda casos de abuso sexual em universidades dos EUA. A canção ganhou destaque ao ser apresentada no Oscar de 2016, ao lado de sobreviventes de violência sexual.

Durante a premiação Women in Hollywood da revista ELLE em 2018, Gaga fez um discurso sobre a pressão enfrentada por mulheres na indústria do entretenimento, abordando questões como objetificação e violência sexual.

Defesa dos direitos reprodutivos

Em 2019, Lady Gaga condenou a lei do Alabama que proíbe o aborto em quase todos os casos, sem exceções para estupro ou incesto. Ela declarou ser “uma tragédia proibir o aborto no Alabama, ponto final”. No mesmo ano, participou da campanha #BansOffMyBody, em defesa dos direitos reprodutivos nos EUA.

Em 2022, após a revogação da decisão Roe v. Wade pela Suprema Corte dos EUA, que garantia o direito constitucional ao aborto, Gaga dedicou a música “The Edge of Glory” a todas as mulheres afetadas pela mudança, durante um show do Chromatica Ball em Washington, D.C.

Reconhecimento e impacto cultural

O impacto de Lady Gaga vai além da música. Em 2021, no aniversário de 10 anos do álbum “Born This Way”, a prefeitura de West Hollywood concedeu à cantora a chave da cidade e estabeleceu o dia 23 de maio como “Born This Way Day”, em reconhecimento ao seu impacto positivo na comunidade LGBTQIAPN+.

Com uma carreira marcada por engajamento social e ativismo, Lady Gaga continua a utilizar sua influência para promover mudanças e apoiar causas importantes. Seu retorno ao Brasil reforça esse compromisso, prometendo um espetáculo que vai além da música.

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Vanessa Neves

Vanessa Neves é Jornalista, editora e analista de mídias sociais do Diário Carioca. Criadora de conteúdo, editora de imagens e editara de entretenimento do Diário Carioca

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