Pelo menos 2.500 agentes foram enviados hoje aos complexos do Alemão e da Penha para prender cerca de 100 traficantes do Comando Vermelho.
O resultado até agora: quatro suspeitos mortos, um policial civil morto, quatro PMs feridos e três civis baleados, incluindo um homem em situação de rua e uma mulher que malhava em uma academia.
Mais uma vez, o Estado transforma a favela em campo de guerra. O helicóptero sobrevoa, o drone lança bomba, o fuzil responde. E quem paga o preço é sempre o mesmo povo, que acorda com o som do tiro e dorme com medo de sair de casa.
Operação ou massacre? Segurança pública ou política de extermínio? A fronteira entre uma coisa e outra já desapareceu faz tempo.
O que está ocorrendo no Alemão e na Penha não pode ser chamado de operação policial, é um massacre. Cláudio Castro fez do Rio de Janeiro um território de experimentação do extermínio da população negra e periférica.
A cada nova investida das forças de segurança, multiplicam-se os corpos, o medo e o desespero. Isso não é proteção ao cidadão, é um projeto de morte sustentado pelo Estado.



