Os governos do Japão e dos Estados Unidos, representados pela primeira-ministra Sanae Takaichi e pelo presidente Donald Trump, assinaram nesta terça-feira (28), em Tóquio, um acordo histórico para assegurar a mineração e o processamento de terras raras, minerais fundamentais para a indústria tecnológica e de defesa.
O pacto estabelece uma estrutura bilateral de cooperação, com ênfase na produção e refino desses minerais essenciais para produtos eletrônicos, veículos elétricos, sistemas de defesa e tecnologias renováveis. A iniciativa visa reduzir a dependência estratégica da China, que concentra mais de 90% do processamento mundial e recentemente endureceu as restrições às exportações.
Entre as medidas acordadas estão:
- Cooperação em políticas econômicas e investimentos coordenados para fortalecer o mercado global de terras raras
- Simplificação e desburocratização dos processos de licenciamento ambiental e mineração
- Estabelecimento de estoques estratégicos para garantir segurança do suprimento
- Engajamento com parceiros internacionais para diversificação das fontes
A assinatura ocorre em meio a crescentes tensões geopolíticas, com os Estados Unidos adotando uma postura dura diante da China, incluindo ameaças tarifárias e busca por alianças que preservem a competitividade tecnológica e a segurança nacional.
A primeira-ministra Takaichi destacou o compromisso de consolidar uma “nova era de ouro” na relação bilateral, enquanto Trump enalteceu a parceria estratégica com o Japão e anunciou que indicará Takaichi ao Prêmio Nobel da Paz.
Este acordo representa um passo decisivo para ambos os países frente aos desafios do domínio chinês no setor de minerais críticos, assegurando um caminho conjunto para a inovação tecnológica e a proteção das cadeias produtivas vitais para economia e defesa.


