Parabéns Cláudio Castro

Porta-voz da PM admite que Rio não tem condições de combater a guerra entre facções: ‘Situação excede capacidade do Estado’

Confronto entre Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV) em Costa Barros deixa quatro mortos e causa pânico entre moradores.

JR Vital
por
JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Tenente-coronel Claudia Moraes

A madrugada do dia 27 de outubro foi marcada por intensa troca de tiros entre criminosos nos complexos da Pedreira e do Chapadão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

O confronto entre as facções Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV) resultou na morte de quatro pessoas, entre elas dois moradores da comunidade — a idosa Marli Macedo dos Santos, de 60 anos, que foi feita refém em sua casa durante o tiroteio, e um entregador, Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos.

Situação crítica e pedido de apoio federal

Em entrevista à Rádio CBN, a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudia Moraes, afirmou que o conflito “excede a capacidade do Estado do Rio de Janeiro” e defendeu maior integração entre as forças estaduais e federais para conter a violência. Ela ressaltou que, embora a PM realize operações diárias e apreenda armas de alto calibre — apenas no 41º BPM, responsável pela região, sete fuzis foram recolhidos recentemente —, o problema é de origem nacional, com armas e drogas entrando por fronteiras.

Uso da população como escudo humano e reforço da segurança

Cláudia destacou o uso da comunidade local pelos criminosos como escudo humano, com invasão de residências, unidades de saúde e locais públicos para se protegerem do confronto, o que agrava o risco para civis. A moradora Marli Macedo morreu após ser baleada dentro de sua casa durante o conflito. A PM mantém desde então policiamento reforçado e ocupação por tempo indeterminado nas áreas e exige blindados para garantir o funcionamento seguro da Unidade de Pronto Atendimento de Costa Barros.

Comando na guerra territorial

O tiroteio, iniciado com tentativa do CV de invadir áreas dominadas pelo TCP, expande-se em uma disputa territorial muito próxima, que representa risco direto para moradores. Cláudia frisou que essa guerra por poucos metros dificulta a ação da polícia e aumenta a insegurança local.


https://www.diariocarioca.com/wp-content/uploads/2025/09/Parimatch-728-90.jpg
Seguir:
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.