A madrugada do dia 27 de outubro foi marcada por intensa troca de tiros entre criminosos nos complexos da Pedreira e do Chapadão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O confronto entre as facções Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV) resultou na morte de quatro pessoas, entre elas dois moradores da comunidade — a idosa Marli Macedo dos Santos, de 60 anos, que foi feita refém em sua casa durante o tiroteio, e um entregador, Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos.
Situação crítica e pedido de apoio federal
Em entrevista à Rádio CBN, a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudia Moraes, afirmou que o conflito “excede a capacidade do Estado do Rio de Janeiro” e defendeu maior integração entre as forças estaduais e federais para conter a violência. Ela ressaltou que, embora a PM realize operações diárias e apreenda armas de alto calibre — apenas no 41º BPM, responsável pela região, sete fuzis foram recolhidos recentemente —, o problema é de origem nacional, com armas e drogas entrando por fronteiras.
Uso da população como escudo humano e reforço da segurança
Cláudia destacou o uso da comunidade local pelos criminosos como escudo humano, com invasão de residências, unidades de saúde e locais públicos para se protegerem do confronto, o que agrava o risco para civis. A moradora Marli Macedo morreu após ser baleada dentro de sua casa durante o conflito. A PM mantém desde então policiamento reforçado e ocupação por tempo indeterminado nas áreas e exige blindados para garantir o funcionamento seguro da Unidade de Pronto Atendimento de Costa Barros.
Comando na guerra territorial
O tiroteio, iniciado com tentativa do CV de invadir áreas dominadas pelo TCP, expande-se em uma disputa territorial muito próxima, que representa risco direto para moradores. Cláudia frisou que essa guerra por poucos metros dificulta a ação da polícia e aumenta a insegurança local.


