Crime

Alexandre de Moraes define ódio nas redes como ataque à democracia

Ministro do STF rejeita alegação de liberdade de expressão em casos de desinformação e ataques antidemocráticos

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (21) que o uso das redes sociais para promover ataques à democracia e às instituições não pode ser confundido com liberdade de expressão. Segundo ele, classificar o ódio e a desinformação como direitos legítimos constitui uma “falácia antidemocrática”. A declaração foi proferida durante o voto do relator no julgamento do núcleo 4 da trama golpista, que reúne sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado.

Contexto e julgamento do núcleo 4 da trama golpista

O julgamento em curso no STF representa um marco no enfrentamento das ameaças autoritárias recentes no Brasil. O núcleo 4, alvo dos procedimentos, é acusado de articular ações que colocam em risco a estabilidade democrática e a Constituição. Para Alexandre de Moraes, permitir que discursos de ódio e espalhamento proposital de fake news sejam tratados como expressão livre ameaça o próprio Estado democrático de direito.

A distinção feita pelo ministro reforça a linha de corte que o STF estabelece entre direitos fundamentais e crime político. Em um momento em que movimentos antidemocráticos tentam deslegitimar as instituições, especialmente em plataformas digitais, a posição do tribunal evidencia a urgência de controle e responsabilização.

A implicação social e política do discurso de ódio e misinformation

Especialistas em direito constitucional e cientistas sociais alertam para o impacto devastador da desinformação organizada nas redes. Além de minar a confiança pública nas instituições, essas ações fomentam polarização, crises políticas e desordem social, ampliando riscos de ruptura democrática.

Por outro lado, críticos das medidas legais contra discursos online acusam o Estado de censura. Contudo, como ressalta o ministro, esse argumento é usado frequentemente para proteger agendas autoritárias que atentam contra os pilares democráticos. Conforme destacados por fontes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o combate ao uso indevido das redes deve preservar a democracia e punir crimes contra ela.

O debate remete a discussões globais sobre liberdade de expressão digital, fake news e segurança institucional, onde o Brasil se destaca pelo enfrentamento jurídico robusto.

STF em ação: fortalecimento da democracia e das instituições

O julgamento vibrantemente conduzido pelo STF tem como eixo o equilíbrio entre garantir direitos civis e enfrentar subversões do estado democrático. A participação incisiva de Alexandre de Moraes, reconhecido por sua postura firme contra ameaças golpistas, simboliza a arduidade do combate judicial nesse cenário complexo.

Além disso, esse processo fortalece o entendimento público de que liberdade de expressão não pode ser escudo para práticas ilegais que desestabilizam a ordem constitucional. Reforçar esses limites é essencial para a preservação da democracia e para a responsabilização de agentes que tentam miná-la.

Para aprofundar a análise política e as consequências econômicas e sociais, a matéria se conecta aos temas de /politica, /rio-de-janeiro e /economia, proporcionando uma visão integrada sobre o impacto da desinformação na esfera nacional.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.